segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mais um que se vai na Cycle Society

Depois da partida do nosso ilustre amigo Milosz, agora chegou a vez de mais um morador deixar a casa...

Todo ano aqui na Índia comemora-se o Ganesh Chaturthi, que é quando o Deus Ganesh, aquele da cabeça de elefante, vêm fazer uma visita ao mundo dos mortais. É um evento religioso muito bonito, mas que não contarei em detalhes pois dedicarei um ou mais post só para esta celebração. Mas o que quero mesmo contar é que Ganesh é o Deus de todas as criaturas pequenas, como os ratos por exemplo.

Uma das várias estátuas de Ganesh, homenageando-o em sua semana.
Notem as estátuas dos ratos, saudando-o.

Bom, em plena "semana de Ganesh", nosso apartamento ganhou um morador novo. Justamente um rato, um dos seres protegidos por Ganesh, que infelizmente escolheu nossa cozinha para morar.

Fui o primeiro a vê-lo, uma vez à noite ao entrar no cozinha, acender a luz e me deparar com o bichano em cima da pia. O desgraçado ainda tentou fugir pra sala, mas como eu estava na porta, ele tentava correr na minha direção, mas eu dava um pisão forte no chão e o bichano corria de volta pra pia e tentava pegar outra rota. Até que ele entrou por uma fresta do armário e desapareceu, provavelmente por um buraco na parede.

Pois bem, o novo morador resolveu então definitivamente morar no nossa cozinha, e percebíamos que ele continuava ali devido às suas pequenas fezes ou então até mesmo pequenas aparições-surpresa. Como uma, em que fui abrir o armário em uma das várias investidas para pegá-lo e o bichano quase caiu em cima do meu pé. Por pouco.

Como as caçadas ao rato não estavam dando muito certo, resolvemos mudar a estratégia. Entre ratoeiras e adesivos pra 'colar' rato à venda no supermercado, resolvi comprar um veneno para rato, já que era o mais barato e também porque não queria me deparar com um rato com as patas coladas num papel. E na caixa do veneno ainda dizia: 'Geralmente os ratos morrem em ambientes abertos'. Pensei: 'Beleza, tomara que ele não morra dentro da nossa parede'.

O veneno era um espécie de bolinho quadrado, que coloquei dentro do armário onde o rato estava morando. E todo dia abria o armário e percebia que ele havia comido um pouquinho do bolo deixado pra ele. Era só esperar o bicho morrer agora. Quem dera... Dia após dia, o bolinho ia sumindo e nada do rato morrer. Desgraçado, além de não morrer, ainda estávamos o alimentando, pensamos. E sempre que tentávamos uma nova caçada, lá ia ele pro 'paredão', mas nunca deixava a casa. Pior que BBB...

Mas hoje, para nossa surpresa, em plena tarde de domingo, após a semana do Ganesh ter terminado nesta quarta-feira, logo o bichano não estava mais protegido 'pela presença do cabeça-de-elefante',  eis que o nosso ilustre morador aparece morto, em cima da pia. Yes!! Não morreu dentro da parede!! Então, abaixo fotos e um pequeno video do momento da retirada do nosso mais novo ilustre ex-morador da Cycle Society. E que Ganesh o proteja...




Hmmm... no Ratatouille ele era mais bonito...






segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Festa no apê

Tô muito atrasado nos post! Este post de hoje retrata um episódio que aconteceu há um mês atrás! Nem sei se vou me lembrar dos detalhes, mas vamos lá. E este post vai ficar sem fotos, infelizmente...

Como em outros episódios da minha vida, tinha que ter a presença de um polonês no meio. O primeiro que cruzou o meu caminho foi o Robert, que dividia o apartamento comigo em Frankfurt. Ele não era bem polonês, pois com 3 anos deixou o país natal e foi morar na Alemanha, mas mesmo assim ele mantinha 'aquele' espírito polonês de ser. Depois veio o Andrezj, também conhecido como Pope devido à semelhanças físicas com o papa João Paulo II, também polonês, e o meu gorale favorito, Kuba, que me provou que tá lendo o blog!! Te cuida aí na Polônia, Kuba, e não esquece: "Kuba vai lançar foguete, quero ver Kuba lançar!!".

Agora foi a vez do Milosz, que morava conosco aqui em Pune. Polonês típico, sempre disposto para um trago e uma piada bobageira de bate-pronto. Até cantar músicas em hindi em voz alta nos bares o Milosz fazia aqui, e lógico acaba sempre puxando um coro formado por indianos junto com ele. Só não sei como ele fazia pra decorar as músicas.

Bom, pra sua despedida, o Milosz organizou uma festa lá em casa. Compramos umas lâmpadas vermelhas no supermercado, jogamos umas tralhas fora, carregamos os sofás para o segundo andar e pronto, tava pronto o salão de festas. Resolvemos fazer a festa no segundo andar para não incomodar o vizinho de baixo, e, assim, poderíamos colocar o som um pouquinho mais alto.

Olha o flyer que eu fiz pra festa do Milosz!

E chega o sábado à noite e os convidados começam a chegar. Como em qualquer bar, boate, clube, boteco, pub e seja lá o que for, a proporção entre homens e mulheres é sempre 8x2, quando não é pior. Sim, eles ainda são uma sociedade conservadora, e lugar de mulher é em casa. Azar do Milosz, pois era sua última chance de conseguir algo com uma desi girl.

Apareceram todos os trainees da AIESEC, lógico, mais alguns membros do comitê de Pune, alguns amigos nossos e, os mais esquisitaços da festa, os colegas de trabalho do Milosz. Hehehe, na verdade a grande maioria era mais ou menos normal, mas tinha um que era tão esquisitaço, mas tão esquisitaço, que deixava o grupo todo esquisito. Com uma camisa prata, ele se esbaldava na "pista de dança", todo suado!! Emocionadíssimo!!

Lá pelas 2 da manhã, estava eu lá na rua, conversando com a gurizada mais nova da Cycle Society com quem jogo bola, quando avistamos o camburão da polícia chegando. Fud^%!! O pessoal me avisa pra subir e pedir pro Milosz desligar a música, até a polícia ir embora. Eis então que, ao contar pro Milosz o perigo que corríamos, ele, bebaço, me responde: "Vamos só tocar uma última música!!", o que no Brasil chamaríamos de 'saídera'. Percebida a merda que isto ia dar, improvisei em 1 min uma maneira de trancar a porta do meu quarto, colocando minha mala e uma cadeira pra segurar a porta (sério, tava há semanas tentando bolar um jeito de trancar a porta, e na hora do desespero a idéia surgiu naturalmente!! O que não faz uma situação de perigo!), coloquei meu pijama e fingi que estava dormindo.

Depois disso, do meu quarto só deu pra ouvir a campainha tocando, a porta abrindo e um monte de gente gritando em hindi coisas que não faço idéia o que era. Minha porta quase foi arrombada e depois, educadamente, alguém bate na porta. Achei se tratar de alguém querendo usar meu banheiro, mas consegui ouvir o rádio da polícia e logo percebi que era um policial querendo abrir minha porta. Lógico que não abri, né? Esperei mais alguns segundos até ouvir a porta da frente batendo e um silêncio na casa. Resolvi sair do quarto e espiar a rua pela janela, e só vejo o camburão parado na frente de casa e um monte de gente indo em cana!! Ufa, me escapei!!

Dez pessoas foram presas, o Milosz, 7 colegas de trabalho dele e 2 japoneses!! Sério, logo japonês não faz mal a ninguém, não deve nem ter cadeia no Japão, vão ser preso aqui na Índia. Pelo que me contaram, lá na cadeia foi engraçadíssimo! Era o Milosz tentando tirar foto de dentro de uma coisa que era pra ser uma cela, os policiais o reprimindo, dizendo que ali não era o país deles, depois eles tentando pegar o nome do japoneses pra escrever na ficha e não conseguindo, pois eles só falavam hindi e os japoneses falam um inglês ruim. O pessoal contou que foi muito engraçado!!

Paga a fiança de 4.000 rúpias, o pessoal foi solto e voltou pra casa. Nem chegaram a ficar uma hora na delegacia de polícia. A prisão do pessoal era só uma maneira de extorquir dinheiro do pessoal. Aqui é assim, rateou na frente da polícia, é cana ou então propina na mão. Isto que dá pagar mal a polícia!

E na volta o Milosz ainda ficou brabo comigo porque eu não fui preso junto!!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Comparações...

Um post rápido de uma coisa que eu me lembrei agora e pra aproveitar que o post anterior era sobre futebol...

Na época do colégio, devido às semelhanças físicas, muitas vezes de brincadeira me chamaram de Bergkmap.


















Depois, jogando futebol com o Joãozinho da Souza Cruz, me chamavam de Ljungberg.


















Mas aqui na Índia as crianças da Cycle Society insistem em me chamar de... ROONEY!!!




PQP!!! Logo o Rooney, um dos jogadores mais feios do mundo!! E ainda quase careca!!

Maldito Raj britâncio!