segunda-feira, 28 de abril de 2008

Brasil siu siu!!!

Eae, pessoal.

Fiquei um tempinho sem noticias, até porque as noticias estavam miuda, mas agora tenho assunto suficiente para uma nova postagem. Mas antes de tudo, quero mandar um abraco pros meus avós, vó Lia, vó Vera e vó Celso, que, mesmo sem entender muito essa minha linguagem de internet, estao também me acompanhando pelo blog. E mais um abraco pra Ane e sucesso na sua cirurgia.

Terminada a sessao abracos, segue minha pacata vida na conturbada Alemanha (ou seria minha conturbada vida na pacata Alemanha, já que aqui só se incomoda quem quer). Bom, neste final-de-semana a Lu veio me visitar pela primeira vez. Dispachei o turco pra casa do primo dele (brincadeirinha, ele vai de vez em quando lá explorar o primo, ou seja, lavar a roupa, comer bastante e ganhar uns rangos de brinde) e chamei a Lu pra conhecer esta linda cidade que é Frankfurt. Por sorte o apartamento em que eu moro estava em baixa temporada, entao nao tinha quase ninguém morando lá, somente eu, Tuncay e o Martin (alemao que trabalha na escola). E como o Tuncay nao estava, ficamos somente nos eu, Lu e Martin.

Fugindo um pouco do assunto principal e aproveitando a brecha do apartamento (já volto a falar da Lu), essa semana andei procurando um quarto pra alugar, prática muito comum aqui na Europa (aprendi isto com o Neto). Os estudantes alugam um apartamento grande e depois terceirizam os quartos pra outras pessoas, diminuindo assim os custos de aluguel. E com a grana que eu gasto com o meu aluguel dava pra alugar um apartamento só pra mim, sem ter que rachar moradia com uma renca de gente e ainda dividir o quarto com um turco (baita exploracao da escola).

O Luis me ajudou a procurar alguns anuncios (valeu Luis), só que na hora de eu ligar pro primeiro foi um desastre. Fiquei nervoso, tentar puxar um alemao, me enbananei, depois cai pro English, só que no fim das contas saiu um Denglisch (Deutsch - Englisch) horroroso. Resultado: o carinha me disse que o quarto estava alugado. Entao eu e o Luis pensamos: precisamos achar um alemao pra intermediar a negociaciao... E ai que surge o Martin, alemao do apartamento. Ele seria a pessoa perfeita para o caso. Fiquei meio sem jeito de pedir pra ele, entao tentei ir pelas beiradas, e no fim nem precisei pedir, ele mesmo se ofereceu porque tinha passado pelo mesmo perrengue quando foi morar em Madrid. Pedi pra ele ligar pro mesmo apartamento que eu havia ligado antes e que tinham me dito que estava ocupado. E o Martin, como bom estudante de Business, passou a lábia no pessoal e conseguiu uma entrevista pra sexta-feira (isto que era terca quando ligamos). Mas nao pensem que o cara da ligacao é má-pessoa, na verdade é receio que eu fosse turco, já que quando eu telefonei nao tive tempo de dizer que eu era brasileiro. O Martin ainda arranjou mais duas entrevistas pra mim, uma no domingo e outra na segunda (que por sinal era agora e eu tinha me esquecido... kein Problem).

Como a Lu chegou na sexta, fomos eu, a Lu e o Martin na entrevista. O Martin foi meu coach, porque no caminho ele foi me dando umas dicas como: se te oferecerem algo pra beber, aceita porque aqui é sinal que tu é uma pessoa aberta a conversa (e quem me conhece sabe que certamente eu iria recusar pra nao dar trabalho). Chegando lá, haviam uma renca de gente no apartamento. Além dos tres moradores (um casal e uma guria), ainda tinha mais quatro pessoas no lugar. Minha estratégia foi ser bem brasileiro, já que este era o meu único diferencial. Cheguei cumprimentando todo mundo, apertando a mao, tapinhas nas costas, etc... Se tivesse crianca pequena no local até pegava no colo e dava um beijo, como um político faria. O morador, chamado Robert, comecou a mostrar o ape pra mim e pro Martin, enquanto a Lu ficou distraindo a namorada dele, Marielle. A terceira moradora ficou fazendo sala pros outros amigos, entao nao deu pra conhecer muito bem ela no dia. O ape era fantástico, piso de madeira, salinha de estar com sofazinho de couro, meio decoradinho, cozinha limpinha, banheiro bem iluminado e um jardim fantástico. E o casal era muito simpático. E como a minha estratégia era ser brasileiro, já convidei o Robert pra bater uma bolinha e ele adorou. Ponto pra mim. E o Martin, como é um cara muito gente boa, ganhou o carisma do pessoal e me ajudou a ter créditos com eles, já que era uma alemao me recomendando. O único problema é que eu era o 18° candidato, entao a concorrencia ia ser grande.

Depois da entrevista eu a Lu fomos ao supermercado, jantamos e depois levei ela pra conhecer meus amigos aqui de Frankfurt (Mica, Okan, ...). No sábado, fui passear com a Lu por Frankfurt, mostrar a cidade, fazer umas comprinhas, essas coisas. Caminhamos por cerca de 8 horas pra lá e pra cá, tomamos café no Starbucks, tomamos sorvete australiano (muito bom), comi finalmente um bratwurst, compramos um HD externo pra Lu fazer back-up, ou seja, gastamos toda nossa energia. E lá pelas 21:30 eu recebo uma msg do Robert no meu celular me convidando pra um churrasco no jardim deles no domingo às 18:00, e ainda pra trazer gente comigo. Nao entendi na hora a moral do churrasco, mas como o supermercado fechava as 22:00, eu e a Lu corremos pra lá pra comprar cerveja, cachaca e limao. Sim, mantive a estratégia de mostrar que sou brasileiro e quis embebedar os gringos. Só nao deu pra levar minha mulata no churrasco porque o trem dela era às 17:40. Mas se eu tivesse levado ia faltar só a escola de samba.... Brincadeirinha, Lu.

No domingo eu e a Lu fomos pra beira do Main, deitamos na grama, dei uma cochiladinha no sol e comemos um Doner Kebab, fast-food turco (bem mais-ou-menos, sou mais o xis do Cavanhas). Depois tive uma outra entrevista, e o apartamento era em Bockenheim, o bairro mais turco da cidade (coisa boa nao vinha). Cheguei no ape e quem me atendeu foi o morador que iria continuar na casa, já que o outro é que estava de saída. Um cara na faixa dos trinta, acabadaco, de cabelo comprido, unhas precisando de uma podada e roupas meio rock´n´roll (imaginem a cena). O cara já chegou falando que o apartamento estava uma bagunca, que o outro morador era meio relaxado, que ele nao morava mais lá porque tinha nojo do lugar, que fazia mais de um mes que ele nao botava os pés lá,... Bom, só por estas sinceras palavras dele já deu pra ter uma idéia de como era o lugar. Entao nem vou perder meu tempo descrevendo o ape porque nao vale a pena. Depois disto levei a Lu na estacao de trem, me despedi da mulata e depois voltei pra casa pra pegar as coisas e me encontrar com o Luís, e fui pro tal churrasco. O Martin nao pode ir, senao eu ia ganhar mais uns pontinhos.

Nao pensem que o churrasco daqui é que nem o nosso. Tá certo que eles usam carvao aqui, mas alguém já viu assarem uma lula em churrasco? Eu nunca tinha visto, mas os gringos conseguiram essa proeza. Tava cheio de gente lá, e eu e o Luís de peru de fora no lugar. Mas como o Luis é muito desenvolto, e ainda por cima advogado, quando vi ele já tava todo enturmado com o pessoal e eu fui no vácuo dele. A Cora (terceira moradora com quem eu nao tinha conversado na entrevista) tava com uns colegas franceses dela. E como eles também tava de peru de fora, ficamos logo amigos deles. Entao só dava nós, a Cora e os franceses conversando. E gracas a Deus que o Brasil perdeu duas vezes pra Franca na Copa do Mundo, porque rendeu muitos assuntos pra nós. Até que no meio da conversa a Cora recebe no celular uma ligacao de um amigo dela perguntando se o quarto estava vago, e ela responde que nao estava mais pois eles já tinham um novo morador. Na hora eu boiei... afinal, esse novo morador era eu ou nao era? Ninguem me dizia nada... Até que ela disse que faltava só a opiniao dela, pois pelos outros dois eu já era o escolhido, mas como no dia ela nao tinha conversado comigo, nao poderia dar um parecer sobre mim. Ainda bem que ela foi a primeira com quem eu e o Luis nos enturmamos, foi determinante pra opiniao dela. E depois de meter várias caipirinhas nos gringos, o gingado brasileiro superou os adversários e saiu vencedor. Goooooolllllllllllllllllllllll, do Brasil siu siu!!

Depois ainda vimos um filme alemao dos anos 90, e por incrivel que pareca era uma comédia. Logico que nao entendi nada que eles falavam no filme, mas como era comédia-pastelao deu pra dar um monte de risadas. Seguem um pedacinho do filme na sequencia. E pro pessoal da Souza Cruz, vai me dizer que o ator principal nao parece o He-Man.



Me mudo na quinta.

Abracos e continuem comentando.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Segue o baile

Seguindo o baile entao, ae vai mais um pouco das minhas peripércias pela Alemanha.

Na quinta-feira da semana passada rolou mais um futiba da escola. Como desta vez tinha mais gente, deu pra fazer 5 pra cada lado e com um jogador esperando do lado de fora pra revezar. Infelizmente nao houveram japoneses jogando, porém foram 3 alemaes que trabalham na escola, entao finalmente pude conferir o "famoso" futebol germanico. Meu time eram eu, o espanhol e o venezuelano balaqueiros, Memet (turco de mais idade, mas gente boa), Martin (alemao meio gordinho que mora no mesmo apartamente que eu) e outro alemao. No outro, Luís, Allan e Ohanna (brasileiros), outro alemao que também nao sei o nome e o Tuncay (turco que divide o quarto comigo). Como tinha muita gente e mais brasileiros, desta vez o futebol nao ficou no mesmo clima de pelada que da última vez. Parecia final de Copa do Mundo. E o futebol alemao deixou muito a desejar, mas muito mesmo. Os 3 alemaes e os 2 turcos faziam coisas incríveis com a bola. Mas quando me refiro a incrível, nao quero dizer a lances belíssimos, mas sim a cada lance perna-de-pau que eu presenciei que seu eu contar aqui voces nao acreditam. Somente o Martin é que jogou melhorzinho. E o jogo acaba ficando muito irritante, pois fica todo centralizado nos brasileiros, e a cada passe que eles recebiam, ou eles perdiam a bola, ou eles erravam o passe, ou eles chutavam sem direcao. Entao ficou um futebol sem cadencia, totalmente truncado. E sem falar que pareciam um bando de criancas jogando, quando um time atacava, todo mundo subia, deixando a zaga toda descoberta. E na hora de defender, só o coitado aqui que voltava. Os espanhois, além de nao voltarem NUNCA, ainda ficavam se fazendo de salame pra ir pro gol. Mas o mais legal do jogo é que como todo mundo (menos os brasileiros) sao muito perna-de-pau, a brasileirada faz a festa no jogo. Dá pra pegar a bola na defesa, driblar todo mundo e fazer o gol, dá pra dar chapéu, no meio das pernas, fazer eles de bobinho... E ae que a coisa fica divertida, e os gringos ainda acham o máximo!

Bom, depois do futiba, rolou uma festinha de despedida na casa da Ohanna, pois na sexta ela ia voltar pro Brasil. Compramos umas cervejas, uma tequila, vodka,... Fomos eu, Allan, Luís, Ohanna, Mica, Juliana e Eduardo(brasileiros), Tuncay, Babushka (russa, mas o nome dela a gente nao consegue dizer, entao a gente chama ela de Babushka que significa avó em russo. E ela dá risada ainda!) e Ana Maria (colombiana). A festa foi bem divertida, e conseguimos até botar funk pra tocar através de um aparelhinho que faz um papel de rádio, só que ele fica ligado na rede wireless da casa e sintoniza rádio da Internet. Entao conseguimos colocar na JovemPan, na Transamérica, na rádio O Dia, ou seja, dá pra sintonizar qualquer rádio do mundo pela Internet. Bom, a Ohanna bebeu um pouquinho demais e no final da festa deu um pouquinho de trabalho, mas afinal era a despedida dela, entao tá perdoada.

Na sexta, fui eu, Mica, Tuncay e Babushka numa boate de música eletronica chamada Cocoon. O lugar é muito legal, mas muito legal mesmo. Todo decorado como se estivessemos num outro planeta, mas tudo de muito bom gosto, com detalhes de iluminacao, sofás embutidos na parede como se fossem células (ou seja lá o que for). E quem tocou lá foi o Sven Väth, um dos melhores DJs do mundo (pelo menos foi o que me falaram). Bom, mas o que interessa é que o cara toca pra caralho. E a alemoada até que nao danca mal música eletronica, se comparado com as demais músicas. E o mais legal da casa é que de vez em quando saia um jato de fumaca do teto pro meio da pista. Mas nao era um jatinho nao, era um baita jato, tao forte que chegava a descabelar que ficava no meio dele. E ainda era gelado, entao dava uma refrescada na pista. Ah, outra coisa boa daqui é que todos os lugares tem espaco reservado pra fumantes, entao os pubs, boates, restaurantes, e seja lá o que for, nao ficam com aquele fedor de fumaca. Quem quiser conferir o site da casa, www.cocoon.net .

E domingo fez um baita dia de sol, toda cidade foi pra beira do Rio Main passear, ou deitar na grama, ou tomar uma cerveja, café,... A cidade fica com outro clima, todo mundo mais alegre, todo mundo na rua... Nem parecia Frankfurt. Fui com o pessoal pra beira do rio, deitamos todos na grama e ficamos lagarteando no sol. Faltou só o chimarrao.

Bom, chega de historinhas. Muitos de voces devem estar se perguntando: "Tá, o mané, pára de enrolar a gente e nos diz logo, como está o teu alemao?". Por enquanto eu to me virando tranquilamente no ingles, porque aqui quase todo mundo fala ingles (e o meu ingles nao tá fazendo feio nao). Mas o alemao tá evoluindo bastante, se comparado quando eu cheguei. Com o Tuncay consigo conversar quase só em alemao (tá certo que nao é uma conversa muito profunda, e falo que nem índio quase, mas como ele já passou pela minha situacao e agora ele fala muito bem alemao, entao ele me dá uma baita forca). O problema é entender os alemaes falando. É muito rápido, muito baixinho e muito embolado. Nem minha professora eu entendo de vez em quando. Ver TV entao, só o EuroSport, canal só de esportes, mas que só passa sinuca e levantamento de peso. E pra ver esportes nao precisa entender o que eles tao dizendo. Mas aos poucos vou dando as caras e tentando conversar. De gramática, já sei bastante, pois com a base que tive no Dohms facilitou pra aprender. O problema maior é vocabulário, até porque alemao tem palavra pra tudo. Por exemplo, o verbo acordar. No Brasil, acordar é acordar, só existe uma palavra. Mas no alemao, se voce acordar sozinho é um verbo, se voce acordar com despertador é outro verbo, se voce acordar depois de dormir bastante é outro verbo... E sao essas coisas que atrapalham. Entao agora o negócio é me puxar no vocabulario, pois na gramática dá pra enganar.

E um pouco de cultura agora. Vou colocar abaixo uns clipes aqui da Europa pra quem quiser ver.

Este primeiro é de uma música romantica turca, que o Tuncay me mostrou (é, o meu blog também é cultura).


Agora, outro lado da música turca, um hip hop turco!!! Até que nao é ruim...


Agora, um carinha alemao que faz sucesso aqui. Na verdade, foi o unico musico alemao que consegui descobri, porque no mais só dá Pop (Timbaland, Justin Timberlake, Madonna, ...) Músico alemao que é bom, nada. (E olha que ele nem tem cara de alemao).


E agora, uma porra de uma música que faz sucesso aqui, nao sei como, nao sei porque. Mas tá sempre entre as primeiras na parada de clipes do canal VIVA!! Só que esse nao consegui colocar no blog porque desabilitarem o embedding. Só nao oucam a música por inteiro, porque ela é daquelas grude que tu ouve uma vez e passa o resto do dia com ela na cabeca.
http://www.youtube.com/watch?v=9muADLVPjq8

E era isso.

domingo, 20 de abril de 2008

Videos

Bom, como prometido, seguem abaixo os videos da blues session de terça passada.

Esse primeiro video foi gravado pela Nesarad, a turca aniversariante da noite muito gente boa. O video eh curtinho, mas a qualidade eh boa (e ainda diminui o tamanho do video, pois o original tem uns 200 Mbs.




E esse segundo video foi gravado pelo Tuncay, meu colega de quarto turco (pois eh, so da turco por aqui). Este video eh mais longo, quase completo, porem a qualidade eh pior.



Postarei mais noticias amanha.

Abracos.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Em terra de cego, quem tem um olho é rei

Leiam até o final do post pra entender o título.

Bom, já faz um tempinho que nao atualizo o blog. Tá certo que finalmente coloquei as fotos nele, mas mesmo assim falta o principal dele que sao as histórias. Como o último post foi de sexta, vou comecar a contar por sábado. Neste dia, tinha uma festinha de aniversário de uma brasileira, amiga do Luís. Fomos eu, Luís, Ohanna e Maitane (brasileiro, brasileiro, brasileiro e espanhola, respectivamente) ao Curubar, um bar de salsa que tem uma pistinha de danca. O Luís conheceu esta brasileira pela BUNDA (nao, ele nao estava caminhando na rua e viu que ela era brasileira pela bunda, e sim BUNDA é o nome da comunidade do orkut de brasileiros que vivem na Alemanha), entao certamente haveriam muitos brasileiros no local. Bom, a festinha foi bem chatinha, porque a cerveja era quente, nós todos estavamos de ressaca, ouvir salsa o tempo todo é muito chato (e o DJ até arriscou colocar umas músicas brasileiras, mas como ele era peruano, colocou uns pagodes que ninguém nunca tinha ouvido, e lógico, tocou "Chorando se foi, quem um dia me fez chorar...", hit brasileiro na Alemanha), e nao to aqui pra fazer festa com brasileiros, se fosse nao teria saido do Brasil. Entao fomos embora cedo, e até procuramos outro lugar, mas como todos estavam cansados resolvemos ir para casa.

Domingo dei uma caminhada por Frankfurt. Fui até a Hauptbahnhof, que é a estacao de trem principal da cidade, porque lá tem vários lugares pra comer. Comi uma porcariazinha sem gosto mas baratinha, e entrei na livraria pra procurar um guia de Frankfurt. Ao procurar um guia decente e barato, olho pra sessao do lado e vejo que é a sessao de musica. E nao é que meu olho bateu direto numa revista chamada Blues & Beyond, revista alema de blues. Bom, tinha q dar uma folhada, né? E lá estava, num quadrinho com fundo cinza, a sessao Deutsch Blues Session, com todos os enderecos e datas de sessoes de blues da Alemanha. E nao é que tinha uma em Frankfurt? No Sombrero Bar, toda terca-feira, às 20:30. Hmmmmm....
Depois o Luís me ligou, fomos até a Zeil, que é a Rua da Praia daqui, sentamos num café pra se proteger da chuva e também pra se entupir de cafeína. Mas calma ai, se é pra tomar café, eu tomo no Brasil (é, esse pensamento me persegue). Entao pedimos logo duas Heffe Henninger von Fass, que é a cerveja fabricada aqui em Frankfurt. E por sinal, muito boa. Depois fomos pra casa do Luís ver Panico na TV pelo YouTube.

Segunda chegaram mais dois brasileiros: o Mauricio, que está no mesmo apartamento que eu, e o Allan, que está numa casa de familia. A aula foi chata e o resto do dia foi dia de descanso e estudo. Sem cervejas, sem festa, sem nada, apenas concentracao.

E dae chegou a tao esperada terca-feira. E logico que eu tinha que dar um pulo no tal Sombrero. Combinei com os brasileiros e turcos de ir lá, e todo mundo topou. Compramos umas cervejas pra tomar antes, já que geralmente nos pubs a cerveja é muito cara, e comecamos a beber antes de irmos pra lá. O que eu nao imaginava é que no mesmo dia, a Nesarad (nao sei se é assim que se escreve) estava de aniversario, e as brasileiras que iriam comigo convidaram ela pra ir, e ela, como aniversariante, convidou mais um pessoal da escola. Ou seja, fomos de excursao pra lá, quase metade da escola. No caminho, pela primeira vez mas nao proposital, andei de metro sem pagar. Mas juro que foi sem querer, foi porque o metro chegou bem na hora em que chegamos na estacao, e na afobacao de nao perder o metro, entrei sem comprar o Fahrkarte (passagem).

Ao chegarmos no bar, da rua dava pra enxergar como era por dentro e deu pra ter uma ideia como seria. Lugar iluminado, parte interna do bar lotada e uma banda de velhinhos e caras um pouco mais novinhos que eles. Bem diferente da cena blues de Porto Alegre, onde geralmente é formada por pessoas mais novas. Mas ao entrar deu pra sentir que era bem o meu estilo de blues, com musicas meio Texas Blues, meio Chicago, e nada conteporaneo. Uns blues meio sem feeling, pois como os alemaes nao gostam de se expor muito, acabam refletindo isto no blues. Sentamos nas mesas da rua, pois só lá havia mesas vagas, porém de lá nao se enxergava a banda. E lá fora também tinha um gurizao com um case de guitarra, cara de musico e pinta de quem iria tocar logo, logo. Puxei papo com ele, falei que era brasileiro, que tocava gaita e perguntei como funcionava a casa. "É só aparecer lá na frente e mostrar a tua cara". Putz...

Fui pro lado da banda e comecei a tentar me infiltrar lá. Só que o pessoal que estava tocando nao foi muito receptivo, tava meio que panelinha. Toda vez que a musica acabava, um véio gordao branquelo com cara de quem nao dá umazinha desde a Alemanha Oriental dizia que eu iria tocar na proxima. Ate que o Mauricio fez amizade com o Franklin, um americano gente boa que meio que organizava a bagunca. E foi este Franklin que me colocou pra tocar (logico que só depois que o veio gordao saiu). Chamou outro baterista (um cabeludao magrelo todo vestido de roupa de couro)e um tiozao que vestia uma faixa hyppie na cabeca pra tocar baixo. Ficaram tocando da formacao anterior o gurizao que eu havia conversado e um negrao véio no teclado com uma pinta de bluesman (com vozeirao e tudo). Na confusao de saber que música tocar, ficamos quase cinco minutos tentando decidir, um outro organizador metendo uma pressao na gente pra tocar logo, e a casa esfriando. Até que alguém saiu tocando um shuffle e eu fui atras, sem nem sabermos que musica seria, quem iria cantar, nem nada. Fiquei muito nervoso na hora, porque sai solando a toda, metendo o pé-na-jaca mesmo sem me preocupar com o resto da banda. Olhava pros outros integrantes pra ver se alguém iria cantar depois do solo inicial e ninguem se prontificava. Parei até algumas vezes pra ver se alguém continuava, mas nada. Mas pelo menos a casa tava esquentando. Senti que o pessoal comecou a se animar e o negrao do teclado comecou a sorrir. Ficamos eu e o outro gurizao se revezando nos solos até o baterista se animar e comecar a cantar. Dae vi que nao estavamos fazendo feio e fui me empolgando. E ao final, fomos os mais aplaudidos da noite, mesmo tendo sido uma bagunca geral. É, em terra sem gaitista, que toca um pouco engana a alemoada (tae a explicacao do título).

Bom, pediram pra tocar outra, mas dae deu uma confusao geral porque de novo ninguem sabia o que tocar, o baterista queria tocar Pink Floyd, mas como era uma noite de blues expulsaram-no da bateria, comecaram a tocar uma musica horrorosa, que nao consegui me encaixar nela, dae coloquei o microfone de volta no pedestal e sai pela tangente. Mas o importante foi que já fiz alguns contatos. O gurizao me deu o email dele pra mantermos contato, o Franklin me deu o cartao dele e disse pra eu aparecer todas tercas-feiras lá. E logico que o pessoal da escola gostou, até filmaram. Alias, estou tentando postar um dos videos no YouTube, porém tá uma novela isto aqui. Se continuar demorando muito, sabe-se lá quando vou tentar postar de novo isto de novo.

Continuem comentando.

Abracos.

Forneck

sábado, 12 de abril de 2008

Agora com celular

Pronto, gente. Agora já tenho um celular aqui na Alemanha, entao vcs tem como me achar aqui na Alemanha. O número é 163 8535826, sendo que DDI da Alemanha é 49. Comprei um SIM Card de uma operadora chamada Ortel, e ele é específico para ligar para o exterior. Entao eu pago 0,09 euros por min pra ligar pra fixo do Brasil e 0,29 euros pra celular. O único porém é que quando alguém me liga eu pago 1,90 euros, entao peco o seguinte pra qm quiser falar comigo: me deem um toque q eu ligo de volta, OK? Entao é assim que vai funcionar, sempre me deem um toque que eu retorno.

Quinta fiquei em casa estudando, e também pra economizar um pouco de grana. E ontem eu e um monte de gente da escola fomos a um pub jogar sinuca e Fla-flu (ou totó ou pebolim, como voces quiserem chamar). Logico q eu so joguei Fla-flu, pq nunca fui mto bom na sinuca. E o legal q lá era aniversário de um carinha, e era ele q tava botando as músicas. O cara tava com uma roupinha bem Blues Brothers, com chapéu, camisa branca e suspensório. E a maioria delas eram umas blueseiras furiosas, entao logico q tive q ir conversar c o cara. O cara era bem gente boa, fala bem ingles, entao deu pra trocar uma ideia c ele. Perguntei se aqui tinha algum bar de blues e ele me disse q nao tinha, pq aqui o pessoal gosta mais de musica eletronica. Ele me disse q é vocalista de blues, mas q no momento ele tá sem banda. Entao me deu o email dele pra trocarmos uma idéia.

Bom, depois deste pub, fomos para outro q ficava ao lado do pub em q estavamos. Neste o clima tava bem animado, com pessoal bebaco cantando, e tudo mais. Uma hora o DJ colocou We Will Rock You do Queen e o pub inteiro comecou a bater na mesa e depois bater palmas pra acompanhar a música. Muito legal. Conversei com um gurizao, chamado Stefan, mas o apelido era Pepe. Ele era alemao de Frankfurt mesmo, e bem simpatico. Combinei até de jogar futebol com ele outra hora, e ele me disse q será um prazer jogar futebol com um brasileiro. Como se meu futebol fosse grande coisa. Aliás, aqui o pessoal gosta muito de brasileiro. É só falar q é brasileiro q os alemaes já abrem um sorriso. Logico q eles nao sabem bulhufas do Brasil, só das putarias. Mas nao importa, o importante é q eles gostam.

Agora, o mais ridículo é ver alemao dancando. Meu Deus, q desastre. Eles nao dancam, eles pulam, e chacoalham o torso como se tivessem recebendo uma entidade. Muito engracado. Entao pensamos nós: vamos mostrar pra esses alemaes como se danca. Afinal de contas, ninguem nos conhece aqui mesmo, entao podemos queimar nosso filme q nao dá nada. E comecamos a dancar no pub, bem no meio. O pub parou pra ver a gente dancar, e qndo vimos estava o pub todo dancando c a gente. Até ficamos amigo do DJ, que infelizmente nao conhecia funk carioca. Já imaginou? Mas se tivesse eu nao ia dancar, pq dae eu ia parecer alemao. E o DJ viu q a gente era brasileiro e puxou uma lambada: "Chorando se foi, quem um dia só me fez chorar...". Nossa, trágico. Pra qm ficou com saudade dessa música, vai o link do clip no YouTube.



http://www.youtube.com/watch?v=1EaLFLoxcdU

As fotinhos de tudo vou continuar devendo.

Abracos

Rafa

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Futebol globalizado

Nunca pensei q ter um blog fosse tao legal. Ver todos os comentarios dos posts e saber q o pessoal ta me acompanhando de longe me deixa muito feliz. Vou tentar responder as perguntas deixadas para mim assim q conseguir sugar a internet de alguém, pq ficar usando internet de Café nao é barato. Entao tento ser o mais objetivo possivel.

Bom, na terca-feira o pessoal da escola organizou um futebolzito para integrar os alunos. Iriam jogar alunos e funcionarios, porém os funcionarios ficaram c medo do meu mega-futebol e deram pra trás, entao jogaram apenas os alunos. No meu time eram eu (lógico), uma brasileira, um cara q nao sei daonde é, parece q é de um país chamado Sahara, q fica na África, mas como ele fala espanhol a gente diz q ele é espanhol, e um japones. No outro time era o outro brasileiro, os dois turcos, Okan e Tuncay, outro japones e um venezuelano. A quadra era de grama sintética e nao tinha lateral, ou seja, era cercada por paredes e vc podia usar a parede pra driblar (jogar futebol c parede é coisa pra qm nao sabe jogar futebol, né?).

Bom, o futebol até q nao foi ruim. No inicio, qndo eram 4 pra cada lado, meu time tava ganhando por uma diferenca de 10 gols. A brasileira joga direitinho, o espanhol era meio balaquero mas tb jogava bem e o japones foi qm mais me surpreendeu. Nao q ele jogasse mais q os outros, mas eu esperava q ele fosse jogar nada. Mas ele sabia os principios basicos do futebol, ou seja, dominar e chutar. So faltava nocao de marcacao nele, mas em compensacao tinha uma disciplina niponica. Eu falava pra ele em ingles (ou algo do tipo): "Marca esse", e ele ia. Depois dizia "Volta" e ele voltava. "Chuta" e ele chutava. Fazia tudo o q eu mandava, parecia controlado por mim por controle remoto. Mto diferente de jogar c brasileiro.

Depois ficaram 5 contra 4, pq um dos turcos, o Okan, só chegou na metade do jogo. E o Okan joga mto bem, dae ficou desparelho os times. O outro brasileiro joga bem, o Tuncay (outro turco, q divide o quarto comigo) estava jogando pela 1 vez mas nao fez feio, o venezuelano era mto balaqueiro e o outro japones jogava igual à um cone. Ou seja, jogava porra nenhuma. Mas pelo menos ficou no gol dae.

Nao sei qnto foi o placar, pq no final ficou uma galinhagem. E semana q vem tem mais, mas desta vez espero q os alemaes joguem, pq quero ver como é o futebol germanico (me falaram q é uma bosta).

Ainda no mesmo dia, fomos à um pub assistir a Champion´s League. Fui eu, a brasileirada (Mika, Ohanna e Luis), a Nes (turca), um outro turco q nao sei o nome pq é mto dificil, a Maitane (espanhola), Okan e Tuncay, todos torcendo para o Fenerbach, que é da Turquia. Mas o jogo era contra o Chelsea, entao nao deu pra torcer mto. O resultado vcs sabem, 2x0 pro Chelsea, entao dá pra imaginar q o jogo nao foi dos mais emocionantes. E cantei até a musiquinha da torcida turca no pub: Lalalalalalalaaaaaaaaaaa Fenerbach. É, eles nao sabem o que é torcer mesmo, até pq qm puxou a cantoria no pub fui eu. Hehehehe, é o início da era "Geral do Gremio Germanica". E olha q o pub todo me acompanhou. Bebum é foda.

Ontem fui na casa do Okan, pq tentamos fazer uma festinha brasileiro pro pessoal. Compramos limoes brasileiro numa feira, acucar de cana-de-acucar, Caninha 51, Wodka Gorbatchov e massa pra pao-de-queijo. Só q foi um desastre: nao tinhamos gelo pra caipirinha e o pao-de-queijo so deu pro cheiro. E caipirinha quente todo mundo sabe q é horrível. Mas o nosso amigo McDonalds cedeu uns gelos pra nós, e salvou a caipirinha. Assistimos ao jogo do Barca na Champion´s League, pois o turco fez um gato-net (aqui tb tem essas coisas) q tinha o Premiere (pay-per-view). E o fiadaputa do Gorbatchov deixou todo mundo na Perestroika no outro dia, e o meu Hausaufgabem (tema de casa) foi pro espaco. Mas ainda bem que a Lehrerin (professora) é bebum tb, e como só um bebum consegue compreender outro bebum, entao ela me perdoou. E logico, deu risada da minha cara. Expliquei pra ela: Mein Kopf ist kaputt (minha cabeca está estragada, frasezinha beabá do Dohms), e ela me disse: Du muss nicht mit Gorbatchov gehen (vc nao pode andar c o Gorbatchov). E eu falei pra ela: Mas só ele entende meu alemao... Ele e o Velho Barreiro, ma esse ela nao conhece.

Bom, hj vou ficar em casa estudando, pois afinal eu vim aqui pra estudar, nao pra beber.

Continuem comentandoooooo.

Forneck

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Let it snow, let it snow, let it snow

Táááá nevandoooooooo!!!!

Q legal! Bom, na verdade é legal de ver pela janela, muito bonito. Porém levar neve no lombo nao é nada legal. Mas foi bom pela experiencia.

Fazia um bom tempo q eu nao postava nada, entao tenho muita coisa pra colocar aqui. Mas vou dar uma resumida. Na quinta teve uma festinha de despedida para a russa, que voltou pra Moscow no sabado. A festinha foi na cozinha do dormitorio onde estou morando, por ideia do Tuncay (se pronuncia Tumjai), meu colega de quarto. Compramos umas cervejas Binding, uma vodka Gorbatchov (é, igual ao russo aquele) e uma Cola 2 litros (sim, aqui tem q falar Cola, pq Coca é aquele pozinho branco). A festa tava legal, o brasileiro ficando com a russa, um turco ficando com uma das brasileiras e o outro turco tentando pegar a outra brasileira. Uma comédia. Rolou até funk carioca (é créu neles). E no final, lógico, teve mijada dos vizinhos. Ainda bem q nessa hora eu tava telefonando pra Lu.

No final de semana fui pra Maastricht visitar a Lu. Peguei um trem de Frankfurt até Köln, e depois outro até Aachen. Em Aachen peguei um onibus até Maastricht, que pra quem nao sabe fica na Holanda (tudo bem nao saberem, pq eu tb nao sabia até a Lu inventar de ir pra lá). Foram umas 4 horas de viagem, e bem cansativo, pois nao dá pra dormir no trem pq tem q prestar atencao em qual parada descer.

Ao chegar em Maastricht, vi que havia uma mapa da cidade num painel. Localizei a rua da Lu e decidi ir por conta até a casa dela. Mas durante o caminho, eu olho pra frente e vejo uma guria com um cabelao bem pretume, de All Star, sobretudo e mochila azul, indo na mesma direcao que eu. So podia ser ela. Apressei o passo pra alcancá-la, e pensei: "Vou dar um susto nela". Mas nao deu certo, ela reconheceu meus passos e se virou antes que eu pudesse assustá-la. Droga. E isto foi em cima da ponte sobre o Rio Maas.

Maastricht é mto bonita. Nao é tao pequena qnto imaginava, mas mto mais legal. Ela é meio medieval, com ruas estreitas, de piso de pedra, com predios antigos, mas bem antigos mesmo. O apartamento q a Lu tá morando é bem legal, é grande, com uma sala grande que tem até uma mesa de Fla-flu (ou totó para os cariocas). A cidade é bem turística, por isto ela possui uma boa infra-estrutura. Muitas lojas, muitos cafés, restaurantes, etc. Na sexta fomos jantar num restaurante de comida oriental, com uns pratos orientais adaptados pra cozinha ocidental. Mto gostoso. Depois fomos a um típico pub, com todo mundo de pé tomando cerveja encostado no balcao. Tomei um chopp da Heineken, bem mais gostoso do q a Heineken vendida no Brasil. No sabado fomos jantar na casa da outra brasileira, colega de universidade da Lu. La tambem estava uma argentina, também colega da Lu, que tinha a recem perdido a vó. Coitadinha, tava bem triste. Lá, inventei de tentar arrumar a luz do banheiro da casa. Resultado, fechei um curto-circuito q fez cair o disjuntor de metade do apartamento. É, devia ter prestado mais atencao nas aulas de Circuitos Elétricos.

No domingo, fiquei mais um pouco com a Lu e no final da tarde voltei pra Frankfurt. E logico q uma merda tinha q acontecer. O sistema de trem aqui funciona da seguinte forma: vc compra uma passagem pra um determinado trecho, porém nao importa qual trem vc pegue, pois de tempo em tempo tem mais trem passando. Só que alguns trens nao sao assim, vc compra a passagem pra um especifico trem, em um determinado horário. E foi isto que aconteceu. O trem de Köln pra Frankfurt era assim, só que achei q podia pegar qualquer um. Entao tive q comprar outra passagem. E lá se vai meu dinheirinho.

Bom, hoje vou ver se compro um chip pro meu celular, e mais tarde vou estudar alemao. Sim, pq nao aguentao mais falar ingles. Futuramente postarei algumas fotos de Frankfurt para vcs verem como esta cidade é bonita.

Continuem comentando os posts.

Abracos.

Rafa

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Sambarilove nao adiantou

É pessoal, nao adiantou aplicar o sambarilove. Viram que eu nao era tudo quilo e me botaram numa turma mais fraca, mas acho que foi melhor assim. A antiga turma falava muito bem alemao. E eu nem entendia o que a professora falava. Mas me falaram que é normal no inicio, eh so o ouvido se acostumar.

Minha nova turma sao 4 pessoas contando comigo, dois japoneses, uma guria que fala baixinho pra caralho, toca jazz no sax e nao se comunica com os outros. O outro japones eh um mala que joga de atacante num time local nas categorias de base. So que ele ta ali por obrigacao, entao nao faz o minimo esforco. E ainda se acha o tal por jogar bola. Tomara que role um joguinho com ele, porque dai vou aplicar o futebol corretivo que todo mundo aprende quando pequeno no futebol, ou seja, se comecar com gracinha, porrada nele. Alias, o brasileiro me disse q sai uns futebolzinhos de vez em quando, quero so ver....

O quarto aluno eh uma turca que cresceu na Inglaterra. Dessa nao tenho nada pra falar, pois ela eh bem na dela, faz bastante perguntas na aula, o que eh bom, e nao parece ser chata.

Bom, aqui as coisas estao bem tranquilas. Enquanto meu alemao nao engrena, vou treinando meu ingles com todos. Dois coelhos com uma "caixa d´água" só.

Ontem teve festinha da escola, o tema era Marrocos, com comida tipica e bebida, tudo free. A comida era bem boa, e como era de graca, enfiei o pe-na-jaca. E a ceva era Binding, uma ceva amarga que seria a Skol deles. Ah, outra coisa, a Fanta daqui eh verde e tem gosto diferente. Conheci bastante gente nesta festa, um outro turco, dois espanhois, duas francesas, uma espanhola que tem um namorado brasileiro, uma russa (que ta ficando com o brasileiro), etc...

Depois da festinha, eu, os brasileiros, os dois turcos (o meu colega de quarto e o outro), a russa e a espanhola fomos num pubzinho bem pequeno. La tomei uma Beck e so. Eh, o que faz o cambio, imagina eu tomando uma ceva so. E so tomei pra nao ficar chato. Neste pub tinha uma garrafa de Velho Barreiro (esse veio me persegue), que o dono nos disse que pagou 18 euros por ela. Mal sabe ele que no Brasil ela vale menos de 1 euro. Velho safado, explorador de gringos.

E obrigado pelos cometarios. Vou tentar atualizar isto sempre. E nao esquecam que a diferenca de fuso horario eh de 5 hs.

Filipe, manda minhas noticias pra todo mundo. Alemao, tu eh o proximo a vir... E Andrezinho, ta marcada a Encol ja, humildemente.