segunda-feira, 28 de julho de 2008

Forneckation am Main - Viagem à Eisenach

Só não entendi o que o YouTube fez com o áudio. Fica aumentando e diminuindo o tempo todo... Pelo menos é o que pareceu pra mim.

Feliz Aniversário, Lu!!!!

Como é bom ter amigos. Graças ao Alemão e ao Cássio da SC, que me deram dicas de como ver transmissões de futebol pela web, pela primeira vez consegui ver um jogo de Grêmio aqui pela Alemanha. Pena que o Grêmio empatou com o Palmeiras, mas pelo menos segue líder. E como cantaria a Geral do Grêmio, "Grêmio, meu bom amigo, nesta campanha eu quero estar contigo..." De longe, mas sempre acompanhando.

Hoje, dia 27 de julho, é o aniversário da minha namorada. Então neste post nada de comentários sobre Alemanha, nada de relatos sobre viagem, nada de bizarrices européias. Somente uma singela homenagem à aquela que, se não fosse por ela, eu não estaria aqui. Lu, teu exemplo me faz querer ser uma pessoa melhor, e sou muito feliz por ter você ao meu lado. Te amo, linda.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Eisenach

Como sempre, começo o post de hoje mandando aquele abraço pro pessoal que comenta.

Néia, realmente o Ich+Ich é um sucesso aqui na Alemanha... e economizou a grana mas perdeu a vitória do tricolor... acontece...

Fábio Nienov, havia esquecido do senhor. Tu tinha comentado que tava aqui pela Alemanha e eu deixei passar em branco. Continua por aqui ainda?

Betinho, lógico que tenho acompanhado o tricolor por aqui. Entro sempre no www.goldogremio.blogspot.com pra ver os melhores momentos das partidas, vejo no Terra a classificação e as tabelas e na globo.com as últimas notícias do tricolor. Só não consigo ver os jogos daqui, infelizmente. E tu? Tá me representando na Geral? Abraço.

Neto, o pessoal também é barbeiro aqui na hora de estacionar. Sempre tem carro com uma roda em cima da calçada.

E Gudy, tu havia me perguntado o nome da música o primeiro video e eu esqueci de responder. Se chama Lloyd Glenn - The Shakedown.

E pai, no final-de-semana lembrei de ti. Teve Parada Gay aqui, dae pensei: "Nossa, meu pai ia gostar disto!" ... Brincadeirinha.



Semana passada meu amigo Luis, que segundo ele já tá ficando famoso em Porto Alegre de tanto que eu escrevo sobre ele no blog, me convidou pra ir visitar a cidade onde os pais dele moram, Eisenach, e como eu não sou bobo nem nada, aceitei o convite. O pai dele tava passando a semana com ele aqui em Frankfurt, então poderíamos ir de carro (que barbada!!), mas antes teríamos de pegar o carro na fábrica da Opel em Rüsselsheim, pois eles haviam deixado lá no estacionamento da planta, aproveitando que a mãe dele trabalha na Opel (mas na planta de Eisenach, não nesta onde tava o carro). Fomos então eu, o Luis e o seu Pedro (um abraço pro pai do Luis, que também acompanha o blog heheh) pra lá, e ao chegarmos lá, uma surpresa: o carro não pegava. Pedimos uma ajuda na recepção da fábrica e conseguimos um cara pra fazer um "chupeta" para nós (não pensem bobagem), o que não adiantou pois a nossa bateria estava total leer (vazia). Então, ironicamente, estávamos nós, em plena fábrica da Opel, com um carro da Opel estragado, sem puder fazer nada... Até que, fuçando nos manuais do proprietário, achamos um número pra ligar em caso de emergência. E como aqui é a Alemanha, não o Brasil, em menos de uma hora chegou um carro da ADAC (empresa que presta socorro pra Opel), fez uma "chupeta especial" e ressucitou o carro em menos de cinco minutos. E, de novo, como aqui é a Alemanha, após o serviço preencheu uma dezena de papéis. Ou seja, ele levou mais tempo preenchendo a papelada do serviço do que arrumando o carro. E, claro, tudo kostenlose (de grátis). Obrigadão, ADAC.

Eisenach é uma cidadezinha interiorana aqui da Alemanha. Muito tranqüilo, muito segura, sem tráfego, sem stress. Nesta cidade aconteceram duas coisas importantes: foi a cidade onde Johann Sebastian Bach nasceu e onde Martin Luther traduziu a bíblia pro alemão.

Nesta casa, Martin Luther morou por um período.


E nesta casa foi onde Bach nasceu.


Estátua de Bach


E neste castelo, Wartburg Schloß, foi onde Martin Luther se refugiou na época em que era perseguido pela Igreja Católica. Foi aqui que ele, então, traduziu a bíblia pro alemão.


Como o castelo é muito legal, vou colocar mais fotos.

A entrada do castelo (notem a ponte elevadiça!!).


Dentro do castelo.


Também dentro, mas de outro ângulo.


E o Luís e o seu Pedro, versão Idade Média (pelo menos o bigode é parecido).


Outra coisa legal do castelo de Wartburg é o caminho pra chegar nele. É uma floresta parecida com aquelas dos filmes de Robin Hood. Dá pra se sentir no tempo medieval (bom, pelo menos um pouquinho).
Vejam a foto do satélite, com o castelo no ponto A e todo o verde em volta.

Exibir mapa ampliado

E pra finalizar, um video da viagem à Berlin... eu sei, um pouco atrasado, mas o que importa é a intenção.


Dá-lhe, Grêmio!!! À um ponto da liderança. GRÊMIO ÜBER ALLES!!!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Berlin

Primeiramente, o tradicional abraço ao pessoal que comenta no blog... creio que sem os comentários ficar atualizando isto aqui não teria graça.

Biasoli, fiquei muito contente em saber que você me achou aqui na Alemanha. Meu email continua rforneck@yahoo.com . E, além de ex-Souza, você poderia ter escrito ex-Dohms, pois não esquece que te conheço desde a época do Dohms, né?

Fred Boyne, não deixa a peteca cair, véio. Agora que tu tá no final da Eng., vê se dá um gás e termina logo com este sofrimento. Abraço.

E tia Bia, vê se abre essa mão e vêem pra cá visitar a Lu e eu.

Gudy, Néia, Roger, Keta, Eichler e Filipe, um abraço pra vocês também. Continuem comentando. E Neto, é fácil ter mais comentários que o Barceloneto. É só deixar um tempão sem atualizar...

Vamos aos assuntos... Final-de-semana passado fui pra Berlin, junto com a Lu e com o irmão dela, o Bruno, que veio do Brasil pra ficar um tempo com ela. Como eu tava na dúvida se iria ou não, não pude comprar as minhas passagens de trem com antecedência, porque aqui o preço varia conforme a antecedência e a demanda. Mas existe um alternativa que é o Schöne-Wochenende Karte, que traduzindo seria a passagem do final-de-semana bonito (nome horrível, né?). Ela custa 37 euros e eu posso viajar com mais 4 pessoas pra qualquer lugar da Alemanha. Só que ela têm suas desvantagens também, pois com ela você não pode viajar de ICE, que são os trens rápidos daqui, que quase não param até chegar no seu destino. Só pode viajar de RE, que são tipo os pinga-pinga da Unesul pra ir pro litoral gaúcho (páram em tudo em qualquer lugar). Ou seja, a viagem que demoraria de ICE 4 horas, sem trocar de trem, fiz em 8 horas trocando de trem 4 vezes. Mas valeu a pena.

Nosso albergue era em Ost Kreuzberg, bairro que antigamente era tido como perigoso por ter uma grande concentração de turcos e punks, mas que hoje em dia é famoso pela grande quantidade de artistas e estudantes, que foram pra lá atrás do aluguel barato. Este bairro fica do lado oriental de Berlin, logo no passado pertencia a antiga DDR (Alemanha Oriental), e isto é visível na arquitetura do bairro. Prédios antigos, sem muito acabamento, sem muita ostentação. Nosso albergue era um belo exemplo disto, pois era uma antiga fábrica que foi transformada em albergue.

Então a primeira impressão que tivemos de Berlin foi de uma cidade completamente underground, cheia de punks, bêbados, mendigos, artistas, jovens fazendo "rave" na beira do rio, e por ai vai. Mas aos poucos a impressão foi mudando, pois quanto mais conheciamos a cidade, mais víamos que ela na verdade é uma bela representação do que é a Alemanha hoje em dia. Ao mesmo tempo que ela é muito americanizada, pois após a guerra houve muita imigração e influência americana, é muito influenciada pelo lado oriental, ou seja, muitos dos idéias socialistas estão presentes aqui ainda.

E nenhuma cidade da Alemanha possui mais "chagas" deixadas pela guerra do que Berlin. Como por exemplo a Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche, que são as ruínas de uma igreja destruída pela guerra.



Ou então o Memorial do Holocausto...





O portão de Brandenburg...



E lógico que não podia faltar o muro...





Mas ao mesmo tempo Berlin é muito moderna e imponente. Como por exemplo o Sony Center...



Ou o parlamento...



E, como sempre, muito brasileiro por tudo. Encontramos até o Arnaldo Antunes, músico e poeta, comprando o tiquete do metrô. Até dei uma forcinha pra ele, explicando como funcionava o sistema do bilhete aqui na Alemanha.

E outra coisa que eu achei interessante foi estes desenhos em um prédio no bairro do nosso albergue. Por que alguém desenharia isto?



E pra finalizar, a solução européia para esconder os famosos cofres resultantes das calças de cós baixo. Aqui, toda mulher utiliza deste artifício.


Depois dizem que brasileiro que é bagaceiro.

Desculpem-me, mas não escrevi muito pois acho que tô com tendinite. Então tá foda de escrever. Odeio esses touchpads de notebook.

Abraços.

E pra quem tiver tempo, um rockzinho alemão...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Esclarecimento

Pessoal,

Venho esclarecer através deste blog que não virei alcoólatra, não, gente. Tenho ouvido muitos comentários de gente dizendo que ando bebendo demais, que só apareço com cara de bebum nas fotos, e coisas do tipo (né, mãe?). Mas quando escrevo estas humildes passagens neste singelo blog, sempre procuro mostrar o lado divertido de estar aqui, e ao mesmo tempo entretê-los. Então nada mais fácil do que escrever sobre história de bêbado. Todo mundo gosta, todo mundo acha graça e, desta maneira, todos continuam acompanhando o blog. Ou vocês querem que eu escreva coisas do tipo "Como foi minha aula hoje?", "O maravilhoso sistema de transporte de Frankfurt.", "A surpreendente gastronomia alemã (salsichas e batatas)", "A língua alemão: onde eu coloco o maldito verbo!!!"... Seria até interessante, mas não engraçado.

Por outro lado, se eu for comparar a quantidade de bebida alcoólica que eu bebia no Brasil em relação à aqui, realmente tenho bebido mais. Mas não em quantidade, e sim mais freqüentemente. Mas é que vocês não fazem idéia de como a cerveja é boa aqui... Até a cerveja mais xumbrega é gostosa. E as Hefen-Weizen, então (Erdinger, Schöfferhoffer, Franziskaner, Paulaner,...)? Sempre naqueles copos acinturados de 0,5 l, ... Hmm, delícia!! Dae fica difícil resistir... Mas geralmente é só uma, ou duas e deu, porque ela é muito pesada, então estufa rápido. E é interessante ver como brasileiro têm o costume de beber a cerveja rápido. Talvez seja porque nossas cervejas são fracas e sem muito sabor, então precisamos bebê-las em maior quantidade. Aqui as cervejas são mais saborosas e com teor alcoólico maior, então a alemoada saboreia mais a cerveja.

Bom, como de sábado pra cá não aconteceu muita coisa, só a final da Eurocopa, mas como a Deutschland perdeu pra Espanha, então não dá pra falar muito, estou sem assunto sobre aqui pra escrever. E o único assunto que me vêem a mente agora é do Brasil, a tão comentada "Lei Seca". Tem tanta gente comentando comigo sobre esta lei que já sei tudo sobre ela. Só que, na minha opinião, esta lei não é condizente com a realidade brasileira. Aqui a lei é mais rigorosa ainda, pois se te pegarem bêbado andando de BICICLETA você perde a carteira. Sério, de bicicleta. Tá certo que a fiscalização é menor, mas o pessoal respeita. Mas por que eles respeitam? Porque aqui não tem violência, e o sistema de transporte é adaptado para atender a vida noturna, com linhas especiais de madrugada, então não tem problema nenhum você sair sem carro, pois você pode voltar a pé, de ônibus ou de metrô sem problemas. Mas no Brasil não... Creio que a vontade de todo brasileiro seria de deixar o carro em casa, pois dae não precisaria ficar procurando vaga pra estacionar, durante a festa não ficaria preocupado se o carro continua lá, ou se está inteiro, não teria que entrar correndo no carro pra diminuir a chance de ser assaltado, e por ae vai. Utilizamos o carro por comodismo, sim, mas também o utilizamos pra nos defender da violência, pois dentro dele nos sentimos seguros (tá certo nem tanto, mas pelo menos mais do que sem ele). E também por respeito ao nosso dinheiro, pois ir e voltar pra noite de táxi irá duplicar o custo de se divertir. Ou então ficaremos limitados a apenas sair nos lugares nas redondezas de casa.

Que nem a palhaçado de restringir bebida alcoólica em estádio de futebol. Olha, tenho muitas saudades do Brasil, mas nessas horas não dá vontade de voltar, não. Não que aqui seja perfeito, mas parece tudo é da maneira como deveria ser. Foda.

Abraços e continuem comentando.