segunda-feira, 14 de julho de 2008

Berlin

Primeiramente, o tradicional abraço ao pessoal que comenta no blog... creio que sem os comentários ficar atualizando isto aqui não teria graça.

Biasoli, fiquei muito contente em saber que você me achou aqui na Alemanha. Meu email continua rforneck@yahoo.com . E, além de ex-Souza, você poderia ter escrito ex-Dohms, pois não esquece que te conheço desde a época do Dohms, né?

Fred Boyne, não deixa a peteca cair, véio. Agora que tu tá no final da Eng., vê se dá um gás e termina logo com este sofrimento. Abraço.

E tia Bia, vê se abre essa mão e vêem pra cá visitar a Lu e eu.

Gudy, Néia, Roger, Keta, Eichler e Filipe, um abraço pra vocês também. Continuem comentando. E Neto, é fácil ter mais comentários que o Barceloneto. É só deixar um tempão sem atualizar...

Vamos aos assuntos... Final-de-semana passado fui pra Berlin, junto com a Lu e com o irmão dela, o Bruno, que veio do Brasil pra ficar um tempo com ela. Como eu tava na dúvida se iria ou não, não pude comprar as minhas passagens de trem com antecedência, porque aqui o preço varia conforme a antecedência e a demanda. Mas existe um alternativa que é o Schöne-Wochenende Karte, que traduzindo seria a passagem do final-de-semana bonito (nome horrível, né?). Ela custa 37 euros e eu posso viajar com mais 4 pessoas pra qualquer lugar da Alemanha. Só que ela têm suas desvantagens também, pois com ela você não pode viajar de ICE, que são os trens rápidos daqui, que quase não param até chegar no seu destino. Só pode viajar de RE, que são tipo os pinga-pinga da Unesul pra ir pro litoral gaúcho (páram em tudo em qualquer lugar). Ou seja, a viagem que demoraria de ICE 4 horas, sem trocar de trem, fiz em 8 horas trocando de trem 4 vezes. Mas valeu a pena.

Nosso albergue era em Ost Kreuzberg, bairro que antigamente era tido como perigoso por ter uma grande concentração de turcos e punks, mas que hoje em dia é famoso pela grande quantidade de artistas e estudantes, que foram pra lá atrás do aluguel barato. Este bairro fica do lado oriental de Berlin, logo no passado pertencia a antiga DDR (Alemanha Oriental), e isto é visível na arquitetura do bairro. Prédios antigos, sem muito acabamento, sem muita ostentação. Nosso albergue era um belo exemplo disto, pois era uma antiga fábrica que foi transformada em albergue.

Então a primeira impressão que tivemos de Berlin foi de uma cidade completamente underground, cheia de punks, bêbados, mendigos, artistas, jovens fazendo "rave" na beira do rio, e por ai vai. Mas aos poucos a impressão foi mudando, pois quanto mais conheciamos a cidade, mais víamos que ela na verdade é uma bela representação do que é a Alemanha hoje em dia. Ao mesmo tempo que ela é muito americanizada, pois após a guerra houve muita imigração e influência americana, é muito influenciada pelo lado oriental, ou seja, muitos dos idéias socialistas estão presentes aqui ainda.

E nenhuma cidade da Alemanha possui mais "chagas" deixadas pela guerra do que Berlin. Como por exemplo a Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche, que são as ruínas de uma igreja destruída pela guerra.



Ou então o Memorial do Holocausto...





O portão de Brandenburg...



E lógico que não podia faltar o muro...





Mas ao mesmo tempo Berlin é muito moderna e imponente. Como por exemplo o Sony Center...



Ou o parlamento...



E, como sempre, muito brasileiro por tudo. Encontramos até o Arnaldo Antunes, músico e poeta, comprando o tiquete do metrô. Até dei uma forcinha pra ele, explicando como funcionava o sistema do bilhete aqui na Alemanha.

E outra coisa que eu achei interessante foi estes desenhos em um prédio no bairro do nosso albergue. Por que alguém desenharia isto?



E pra finalizar, a solução européia para esconder os famosos cofres resultantes das calças de cós baixo. Aqui, toda mulher utiliza deste artifício.


Depois dizem que brasileiro que é bagaceiro.

Desculpem-me, mas não escrevi muito pois acho que tô com tendinite. Então tá foda de escrever. Odeio esses touchpads de notebook.

Abraços.

E pra quem tiver tempo, um rockzinho alemão...